Eu A-DO-RO História; pra mim, esta sempre foi uma
matéria fácil na escola, sempre tirei boas notas. Sou louca por livros que
trazem em seu conteúdo dados históricos, fatos da evolução da civilização,
dados que demonstram os costumes de cada época....
E, evidentemente, também sou apaixonada por construções
antigas, objetos e utensílios, roupas, fotos, enfim, tudo o que, de certa
forma, complementa a compreensão da História da humanidade.
E quem gosta disso tudo acaba sempre tendo um olhar
diferente sobre o cotidiano (esta é minha singela opinião...). Eu acredito que
apaixonados por dados históricos acabam sempre ficando mais atentos a algumas
coisas... a alguns detalhes... tanto assim que, uma casa antiga, para alguns, é
apenas uma casa antiga....mas, para outros, para os apaixonados pela História, uma
casa antiga se torna uma agradável surpresa e, inclusive, um ponto de partida
para novas pesquisas a respeito do assunto.
Por exemplo, estava eu caminhando em plena Av.
Brigadeiro Faria Lima, situada em um dos mais importantes centros comerciais e
financeiro da cidade de São Paulo, quando, meio a um vão livre imenso
existentes entre dois blocos de um prédio comercial, avistei, justamente, uma
casa antiga.
Fui correndo até lá para ver do que se tratava. A
cena é surreal. Pois, quem da Avenida Brigadeiro olha em direção ao tal prédio
comercial, o que se verifica é uma estrutura arquitetônica bastante moderna,
toda espelhada, linda, poderosa, constituída de dois blocos, interligados por
uma passagem, construção esta que forma um vão. O piso abaixo deste vão é
rampado e gramado; tudo muito bem cuidado e, lá no alto, muitas
árvores em torno de uma casa antiga. A casa não é pequena, não. Modesta, simples, com
janelas e portas largas, de batente de madeira, telha de barro, pintada de
branco.
Que contraste visual lindo.
As árvores em torno da casa são bem suntuosas,
parecem que estão por ali já há bastante tempo.
Existe também, próximo à casa, algumas ruínas. é possível verificar que tratavam-se tais ruínas de alguma construção de barro.
Bom, fui procurar saber do que se tratava, afinal....
que casa antiga era aquela, no meio de uma construção comercial tão moderna.
Descobri que se trata de uma casa bandeirista,
tombada em 1982, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,
Artístico e Turístico (Condephaat).
Segundo dados obtidos junto à construtora responsável
pelo prédio comercial e pela restauração da casa bandeirista, esta é uma obra
que data do século XVIII, construída em taipa de pilão e é um dos seis únicos
exemplares remanescentes do Ciclo Bandeirista na capital paulista.
A casa bandeirista, assim chamada por que pertencia a
famílias de bandeirantes, possui nove cômodos, mas, infelizmente, ainda não é
permitida sua visitação interna. No entanto, um passeio no entorno do imóvel
sugere uma boa noção do estilo de vida da época.
Fiquei muito feliz em constatar um bom exemplo de
convivência pacífica entre o moderno, o novo e a preservação de nossa História.
Que eu encontre outros exemplos como este....
Fotos que tirei do lugar
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